A demora durou até mais de quatro anos (do início das expectativas, passando pela portaria MPOG até o edital 2015), mas os que perseveraram irão começar o ano de 2016 mais felizes. É que está publicado o tão esperado edital para realização do novo concurso público no INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, para dois dos seus cargos mais estratégicos (Técnico e Analista do Seguro Social). A organizadora será o CESPE/UnB e as provas objetivas (única etapa do concurso) serão aplicadas em 15 de maio de 2016.
Foram abertas 800 vagas para o cargo de nível intermediário, de Técnico do Seguro Social, cuja remuneração inicial é de R$ 4.886, e 150 vagas para o cargo de nível superior (área de Serviço Social) de Analista do Seguro Social, que proporciona salário inicial R$ 7.496. As provas acontecerão nas capitais dos 26 estados brasileiros, além de Brasília e em várias cidades do interior.
Independente do total de vagas liberado, o fato é que este edital representa um grande avanço para o órgão, que, mesmo em tempos de crise nacional, necessita de reforços no seu quadro de pessoal.
Com relação a este concurso em particular, a boa notícia é que há muito material disponível (cursos online, apostilas, livros de direito específicos, cursinhos, provas anteriores, simulados). Caberá a cada candidato fazer bom uso desse rol de ferramentas, mas a primeira ferramenta a ser consultada é gratuita: O EDITAL. Você que irá participar do concurso INSS, leia todo o edital e destaque as partes que achar importante, para eventual consulta.
Dá para passar começando a estudar agora?
Os professores de cursinhos de todo o Brasil apostam que sim, ainda dá tempo! O primeiro passo para quem ainda vai começar a estudar é criar um plano de estudos, pois está mais do que comprovado que “vale o que está escrito”. Quem já vem se preparando com bastante antecedência para este concurso conhece bem a importância da organização formal. Não confie apenas na “intuição”, não faça promessas “da boca para fora”. Planeje com o máximo de senso de realismo!
Prefira anotar no seu caderno/agenda ou elaborar um cronograma diretamente no computador, smartphone ou tablet, com o qual você tem mais afinidade.
Concorrência: por ser de âmbito nacional, este é um dos concursos mais concorridos do país, equiparando-se a grandes seleções, como as da Caixa e Banco do Brasil, entre outras. Por outro lado, neste ano (estamos no final de 2015!) é o maior concurso aberto e ainda por cima estamos considerando que vivemos em momento de profunda crise econômica, que tem refletido no aumento do desemprego.
Tudo isto significa que será grande a concorrência, superando inclusive a casa do um milhão de inscrições, somente para o cargo mais procurado, que é Técnico do Seguro Social, por exigir formação geral.
Como não estará fácil para candidato algum, o estudo dos candidatos requerá atenção em disciplinas essenciais do concurso, tais como Direito Previdenciário/Seguridade Social (o peso deste conteúdo será maior), Direito Constitucional, Direito Administrativo, Raciocínio Lógico e, claro, Português.
No espectro geral, professores avaliaram que o conteúdo programático elencado no novo edital não está destoando tanto do edital passado, ou seja, quem estudou pelo conteúdo de 2011 teve mais de meio caminho andado. Além disso, há um dado a favor de milhares de candidatos, que ficaram temerosos: não será cobrada prova discursiva/de redação/dissertativa.
CEBRASPE/CESPE: não houve novidade nesse sentido, e a prova será apenas escrita objetiva, como nos últimos concursos do órgão.
O diferencial desta banca é a tradicional cobrança de questões no padrão “Certo” e “Errado”, porém, mantendo-se a “lógica punitiva” por trás disso: cada resposta marcada errada simplesmente invalida uma resposta certa, e assim por diante. Ou seja, com provas do CESPE toda atenção é necessária, o que a caracteriza como uma das bancas mais “difíceis” para os candidatos.
Também não há um padrão de questões formuladas estritamente conforme o texto da lei ou do assunto específico, mas sim questões que estimulam o candidato a “interpretar” determinado conteúdo estudado. Decorar textos integrais, sem conseguir ter uma compreensão global do assunto, nesse caso, pode atrapalar, mais do que ajudar.
Candidato algum sente-se bem nesse tipo de jogo avaliativo: ele fica sempre na iminência de perder ponto por uma questão errada. Afinal de contas, se numa prova com 80 questões, consegue-se apenas 40 acertos, significa que todo o esforço foi vão. Dureza, mas será preciso encarar de frente, e quanto menos questões erradas, melhor.
Quando o candidato se sentir mesmo na dúvida, e não souber escolher entre o certo e o errado, o melhor mesmo será não marcar, ou marcar as duas alternativas no Cartão – Resposta. Trata-se de uma alternativa que o candidato terá para ficar numa situação menos pior: nesses casos, ele nem perderá nem somará pontos. Tomando como exemplo novamente uma prova com 80 questões (80 pontos), na qual o candidato acertou 50 e não marcou outras 30, significará que ele ainda estará na disputa, por ter conseguido 50 pontos. É por isso que a ideia de se responder primeiro as questões que o candidato tem mais segurança continua válida – e muito mais quando a banca for o CESPE, na qual a possibilidade de um candidato gabaritar é remota.
Cuidado com o conteúdo de Informática, pois, conforme havíamos dito meses antes, a prova cobrará conteúdos sobre os sistemas operacionais mais recentes da Microsoft (Windows 7 e 10), além de LibreOffice. Claro que a teoria não basta: é preciso que o candidato também utilize os recursos de informática. Ou seja, é uma matéria que exige muita resolução de exercícios, talvez até mais do que apenas cultivar o hábito de ler o conteúdo.
Em Seguridade Social, especialistas advertem para intensificar os estudos sobre conhecimentos ligados à área (princípios, regime geral, previdência complementar, crimes contra a previdência) e leis complementares, uma vez que este assunto terá um peso maior na prova do INSS. (fala-se em 58% do peso global). Deve-se atentar também a resolução de questões das principais organizadoras do país sobre o tema (não focar apenas no CESPE). Dessa forma, deve-se “treinar” questões que apelem tanto para a “letra de lei”, a literalidade da lei, quanto aquelas que primam pela relativa interpretação do texto da lei.
Por fim, é de se esperar uma nota de corte bastante elevada. Mas isso não é surpresa para candidato algum…
Bons estudos!